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Instituto Nielsen revela os autores mais vendidos no Brasil de 2015
A religiosidade ganha destaque na lista dos autores nacionais mais vendidos, no Brasil, em 2015, divulgada pelo Instituto Nielsen. De um lado, os romances católicos de Padre Marcelo Rossi. Os livros evangélicos de Edir Macedo também ganham destaque. Na categoria auto ajuda, os autores Augusto Cury e Zíbia Gasparetto são expoentes, com suas obras focadas em explorar o comportamento humano e suas ansiedades. Os quadrinhos de Maurício de Souza, em todas as suas variedades, também fazem a diferença na lista. O autor ficou em terceiro lugar da lista ao diversificar o estilo de seus títulos e alcançar não apenas o público infantil, como também o público adolescente com a Turma da Mônica Jovem e a série Graphic MSP, pensada no público adulto. Jovens autores conquistaram o público adolescente com suas histórias e pensamentos, transmitidos por meio de blogs, vídeos no You Tube e perfis nas redes sociais. O sucesso de seus livros foram uma consequência direta do nível de influência alcançado por eles através da Internet. São autores como Paula Pimenta, Isabela Freitas, Christian Figueiredo e a recém chegada, mas não menos importante, Kéfera Buchmann, autora do canal 5incominutos, grande sucesso no You Tube. Se ela tivesse lançado em janeiro, o seu livro, que foi fenômeno de vendas da última Bienal do Livro no Rio de Janeiro, Buchmann poderia entrar mais acima na lista, bem a frente de seus colegas autores. O escritor e jornalista Laurentino Gomes continua em destaque com sua trilogia que romanceia fatos históricos do período do Brasil Imperial. A nova geração de autores afastaram da lista alguns nomes recorrentes de outrora como Chico Buarque, Paulo Coelho e Jô Soares.
Conheça todas as Graphic MSP da Turma da Mônica
Um projeto de qualidade, ousado, de grande sucesso de público e crítica, foi o lançamento desde 2012 da série de Graphic Novels (Romance Gráfico) brasileiras, chamadas Graphic MSP, da Maurício de Souza Produções, apresentando os personagens da Turma da Mônica em contextos e cenários nunca vistos antes. Numa linguagem voltada para o público adulto e estilo que evoca as grandes produções dos quadrinhos europeus ou as obras independentes norte americanas. O projeto capitaneado por Sidney Gusman, um especialista de quadrinhos e criador do site Universo HQ, tornou-se uma grande vitrine para artistas e roteiristas brasileiros mostrarem seus talentos e teve início com o lançamento da edição especial, MSP 50 – Mauricio de Sousa Por 50 Artistas, para marcar o cinquentenário da carreira do criador da turminha do Limoeiro, em 2009. O sucesso da iniciativa rendeu mais duas edições, MSP + 50 – Mauricio de Sousa por Mais 50 Artistas (2010) e MSP Novos 50 – Mauricio de Sousa Por 50 Novos Artistas (2011). Os artistas revelados nas edições especiais ganharam espaço para fazer álbuns com histórias completas. Edições como Magnetar, Laços, que será adaptado para o cinema, e Caminhos, tiveram grande repercussão em seus lançamentos. As revistas da série conquistaram diversos prêmios merecidos, como as diversas categorias e edições de um dos maiores referenciais do quadrinho nacional, o Prêmio HQMix. Pela importância conquistada em seus diversos trabalhos, a série Graphic MSP veio pra ficar e continuará sendo uma importante vitrine de talentos nacionais no cenário dos quadrinhos brasileiros. Que venham mais.
Adaptação de Laços da Turma da Mônica foi anunciada por Maurício de Souza
A ousada produção das Graphic MSP, uma série de quadrinhos especiais voltado para o público jovem e adulto, por Maurício de Souza continua rendendo frutos positivos. O próprio autor anunciou em um painel da Comic Con Experience 2015 que a edição Turma da Mônica – Laços, dos irmãos Vitor e Lu Cafaggi, será adaptada para as telas de cinema. Não como animação, mas com um elenco de atores. “Está será a primeira vez que a Turma da Mônica será encarnada por atores nas telas”, revelou Sidney Gusman, responsável pela área de Planejamento Editorial da Mauricio de Sousa Produções. Gusman também destacou que a revista é a Graphic Novel mais vendida da linha. “Provavelmente, a mais vendida de todos os tempos”, ressaltou. A produção será da Quintal Digital, responsável por filmes como Pólvora Negra e E o Sol Brilhou Sobre o Verde, com lançamento previsto para 2017. Entretanto, não há informações sobre roteiristas, diretor ou o elenco.
Astronauta da Turma da Mônica fecha trilogia em quadrinhos Graphic MSP previstos para 2016
É inegável o sucesso das Graphic MSP com releituras dos personagens da Turma da Mônica, criados por Maurício de Souza, com foco no público jovem e adulto. Desde a primeira edição de 2012, já foram lançados 10 títulos consagrados. Maurício de Sousa e Sidney Gusman, editor do projeto, anunciaram os novos títulos previstos para 2016. O mero anúncio de Bianca Pinheiro para o título Mônica, causou comoção ao público presente no Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte. Bianca destacou-se com o consagrado Bear, da Editora Nemo, e agora cuida do desenho e roteiro do novo título. As demais obras serão Astronauta III, de Danilo Beyruth e Cris Peter. Uma aventura para fechar a trilogia em sequência a Magnetar e Singularidade. Bidu 2, por Eduardo Damasceno e Luís Felipe Garrocho – Continuação de Caminhos e Papa-Capim, de Marcela Godoy e Renato Guedes que será o primeiro título lançado no ano novo.
Bienal do Rio de Janeiro 2015 vai homenagear Maurício de Souza
O criador da Turma da Mônica viverá uma grande honraria na próxima Bienal do Livro Rio 2015. Ele será o autor homenageado do evento e também receberá o Prêmio José Olympio, do Sindicato Nacional do Editores de Livros (SNEL), entregue a cada dois anos a pessoas e entidades empenhadas na promoção da leitura. A celebração ocorrerá semanas antes do quadrinista completar 80 anos. Ele vai aproveitar o destaque para lançar novos projetos que destacam sua carreira. Dois títulos já divulgados são uma coletânea editada pela Panini, com suas tiras de estreia, publicadas originalmente nas revistas Bidu e Zaz Traz, em 1960, e uma compilação dos três primeiros livros ilustrados assinados por ele, em 1965, agora em uma edição da WMF Martins Fontes. A Bienal do Livro Rio acontece entre 3 e 13 de setembro, no Riocentro e tem entre os convidados internacionais já confirmados, Julia Quinn, Collen Houck, Anna Todd, Josh Marleman e Joseph Delaney. Outros autores nacionais também marcam presença como Bruna Vieira, Raphael Montes, Ziraldo e Talita Rebouças.
Maurício de Souza desembarca no Japão com Turma da Mônica
O quadrinista Maurício de Souza, mesmo aos 80 de idade, continua em forma para os negócios. Dias atrás, ele esteve no evento Brazil Fair, dedicado a moda, animação, culinária e cultura que aconteceu em Tóquio, Japão, com o tema Brasil Fantástico!. Após uma maratona de reuniões de negócios com representantes de diversas empresas japonesas, Maurício manteve contato com Shintaro Tsuji, presidente da SanRio, e acertaram o relançamento dos quadrinhos do dinossauro Horácio. O personagem já teve suas tiras publicadas, por vários anos, no jornal ‘Ichigo Shimbum’ (Jornal do Morango). Talvez, o primeiro quadrinho brasileiro na terra do sol nascente. Num passo mais ousado, Maurício conseguiu um acordo para publicar também a Turma da Mônica na mesma publicação. Será a estreia da Mônica e sua turma na imprensa japonesa.
O feito merece ser celebrado, não apenas pelo sucesso de Maurício de Souza e sua turminha dos quadrinhos, mas também pelo fato da dificuldade de entrar quadrinhos estrangeiros no mercado japonês. Apesar de quase toda a população nipônica curtir quadrinhos, conhecidos como Mangás, com revistas segmentadas para o público feminino, infantil, juvenil, adulto e até para a terceira idade, o mercado do país é pouco receptivo aos quadrinhos estrangeiros. Contrariando a tendência, Maurício de Souza participou de uma concorrida sessão de autógrafos no prédio principal da Isetan, grande rede de lojas de departamentos local, mostrando a popularidade de suas criações no país.
Maurício de Souza zera todas as suas revistas e passa a creditar seus autores
Numa estratégia semelhante a das grandes editoras norte americanas de quadrinhos, a Marvel Comics e a DC Comics que, ultimamente, vivem uma crise nas infinitas crises e precisam, de tempos em tempos, recriar seus universos e zerar suas revistas, como está acontecendo agora com ambas as editoras nos EUA, a Editora Maurício de Souza, juntamente com a Panini Comics, decidiu zerar as revistas da Turma da Mônica. Títulos tradicionais como “Mônica”, “Cebolinha”, “Magali”, “Cascão” e “Chico Bento” voltarão ao número 1, esse mês. Talvez, o principal objetivo de adotar essa estratégia nas terras tupiniquins, seja o de alterar a maneira como os artistas são destacados nos quadrinhos de Maurício de Souza, até então, listados no final de cada revista, na página de expediente. Portanto, os desenhistas, roteiristas e arte finalistas serão creditados no início de cada história numa ação que deve ser celebrada. Um passo importante, assumido pelas duas editoras nacionais, atendendo uma reivindicação antiga dos artistas. Segundo a Panini, os créditos serão incluídos nas revistas de forma gradativa.
Das HQs para as Telas: Os Nacionais
Apesar da explosão de adaptações dos quadrinhos nas telas alcançarem grande sucesso em Hollywood, o Brasil ainda engatinha nessa interação entre as mídias, num filão ainda pouco explorado no país. Primeiro porque o cinema brasileiro atual começa a ensaiar a diversificação de gêneros e segundo porque nos quadrinhos brasileiros ainda não existe qualquer obra significativa e duradoura, com personagens marcantes e populares o suficiente para receber grande atenção nos cinemas, exceto a obra de Maurício de Souza, com sua Turma da Mônica e o Menino Maluquinho, de Ziraldo, ambas voltadas para o público infantil. Entretanto, apesar de raros, existem filmes, longas ou curtas metragem, ficção ou documental, com elenco ou em formato de animação, baseados ou inspirados nos quadrinhos que fazem a ponte entre a Sétima e a Nona Arte. Eles formam o seleto clube de filmes nacionais ligados aos quadrinhos que merecem destaque, reunidos nessa relação exclusiva.
Filmes nacionais adaptados dos quadrinhos
Wood & Stock: Sexo, Orégano e Rock’n’Roll (2006) de Otto Guerra, baseado nos personagens de Angeli.
A comédia de animação, com as vozes de Júlio Andrade, José Vitor Castiel, Michele Frantz, Rita Lee, Lobão e Tom Zé, mostra dois hippies resistentes tentando sobreviver ao mundo de hoje. Vencedor do segundo festival Animacor, em Córdoba, na Espanha, prêmio especial de Juri de Melhor Filme, Melhor Trilha Sonora (Flávio Santos) e Melhor Atriz Coadjuvante (Rita Lee) no Cine PE (2006), Melhor Trilha Sonora (Flávio Santos) no Festival de Cuiabá (2007) e Grande Prêmio do Cinema Brasileiro de Melhor Animação (2008).
Rock & Hudson (1994) de Otto Guerra, baseado nos personagens de Adão Iturrusgarai.
São dois caubóis gays, piegas e esquizofrênicos que assumem seu amor, moram, lutam e, principalmente, se divertem juntos. Dividido em dois episódios: A Pistola Automática do Dr. Brain e Pé na Estrada. O título é inspirado no nome do astro de Hollywood, Rock Hudson, ator de faroeste que fazia papel de macho, mas era gay. Não confundir com o drama O Segredo de Brokeback Mountain (Brokeback Mountain, 2005) de Ang Lee.
Ed Mort (1997) de Alain Fresnot, com Paulo Betti, Cláudia Abreu, Otávio Augusto e Ary Fontoura
Baseado no personagem literário criado por Luis Fernando Verissimo e transformado em quadrinhos por Miguel Paiva. Detetive fracassado é contratado por uma jovem sedutora para encontrar o marido desaparecido, o Silva. Um mestre em disfarces que aparece como Chico Buarque, Marília Gabriela, Cauby Peixoto, Luiza Tomé, Gilberto Gil e José Mojica Marins. A busca do detetive revela uma conspiração que tem início na fabrica de salsichas Delbono.