Em conflito com a Marvel, a Fox planeja reunir X-Men e Quarteto no mesmo filme

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Há uma batalha ocorrendo nos bastidores dos filmes de super heróis, envolvendo os personagens da editora norte americana Marvel. Enquanto a Marvel assume uma postura canibalista de cancelar as próprias revistas de sucesso, o estúdio Twentieth Century Fox pode reagir com um filme reunindo os X-Men e o Quarteto Fantástico. Rumores sobre um único filme com os dois super grupos sugiram desde o ano passado, mas ganharam força nas últimas semanas por conta das estranhas atitudes da Editora Marvel para limitar o potencial de sucesso dos filmes dos X-Men e do Quarteto Fantástico, ambos produzidos pela Fox. Quem entende?

O estúdio da Raposa vai lançar, em agosto desse ano, mais uma versão do Quarteto Fantástico (o terceiro grupo nas telas), agora dirigida por Josh Trank. No elenco, veremos Michael B. Jordan (Namoro ou Liberdade) como o Tocha Humana, Miles Teller (Divergente, Whiplash) como o Sr. Fantástico, Kate Mara (Transcendence – A Revolução) como a Mulher Invisível e Jamie Bell (Jumper) como o Coisa, além de Toby Kebbell (Planeta dos Macacos – O Confronto), como Dr. Destino. Ano que vem, teremos a volta do grupo mutante com X-Men – Apocalipse (2016), de Bryan Singer, com o elenco de sucesso visto em X-Men – Primeira Classe (2011) e X-Men – Dias de um Futuro Esquecido (2014) e o acréscimo de Sophie Turner (Game of Thrones) como a jovem Jean Grey/Fênix, Olivia Munn (Newsroom) como Betsy Braddock / Psylocke e Oscar Isaac (Star Wars – O Despertar da Força) como o vilão En Sabah Nur / Apocalypse, entre tantos personagens veteranos e estreantes. O estúdio ainda tem os filmes de Gambit e outra continuação de Wolverine pela frente.

A Fox precisa que o filme do Quarteto seja um sucesso e que o próximo X-Men mantenha ou supere os resultados dos filmes anteriores, antes de decidir fazer um filme com os dois grupos. Porém, a tarefa pode não ser fácil, com os sucessivos ataques da Editora Marvel para implodir a popularidade dos próprios personagens. A Marvel age dessa forma, com a intenção de reduzir o sucesso ou provocar o fracasso dos filmes e pressionar a Fox para fazer algum tipo de acordo de produção, como o recente acordo com a Sony pelo Homem Aranha, ou até fazer com que a Fox devolva os direitos de adaptação dos filmes para a Editora. Possibilidade remota, com o sucesso dos filmes mutantes.

Resta a Marvel adotar uma estratégia canibal de implodir os próprios personagens, com sucessivas ações, como ocorrida nos últimos anos, nos quadrinhos da editora. A morte de Wolverine, a mistura de personagens dos X-Men com os Vingadores, o cancelamento da revista do Quarteto Fantástico e a dispersão de seus integrantes para outros grupos, a revelação de que os poderes mutantes de vários personagens, na verdade, são poderes dos Inumanos, como visto na série Agentes da Shield, o sumiço de mutantes e do Quarteto das recentes imagens promocionais da editora, posteres especiais, participações especiais em outras revistas, a trama recente dos mutantes serem banidos para o espaço nos quadrinhos dos X-Men. Além disso, a editora proibiu o uso de Merchandising dos personagens, ou seja, a permissão para vender brinquedos, bonecos, roupas, bolsas com estampas, etc, e proibiu seus próprios roteiristas e desenhistas a criarem novos personagens mutantes. Seria como proibir o padeiro de vender pão doce.

O conflito entre a Marvel e a Fox vem de décadas e chegou a tal ponto que os personagens Mercúrio e Feiticeira Escarlate foram introduzidos nos filmes Os Vingadores – A Era de Ultron (2015) com um elenco, enquanto Mercúrio apareceu no X-Men – Dias de um Futuro Esquecido (2014) com outro ator e deve retornar em X-Men – Apocalipse. Os personagens apareceram nos dois filmes porque puderam ser enquadrados como brecha nos atuais contratos mantidos entre a Marvel e a Fox. Portanto, a morte de um deles no novo filme dos Vingadores foi decidida em função dessa inesperada disputa com viés jurídico.

Atualmente, a Editora Marvel consolidou o sucesso junto ao público do cinema, conquistando mais e mais bilheterias nos filmes produzidos pela Marvel Studios. Esse sucesso despertou o interesse do conglomerado Walt Disney que comprou a editora e pretende explorar a suculenta fruta até o caroço. Portanto, a Marvel precisa ter seus personagens de volta para poder lucrar muito mais. A situação era bem diferente décadas atrás. Stan Lee, principal homem das ideias da Marvel acreditava no potencial de seus personagens em grandiosos filmes, mas os estúdios não compartilhavam dessa percepção. Depois de algumas séries de TV, como Homem Aranha e Hulk, Stan Lee conseguiu contrato com estúdios de pequeno porte como a Cannon, New World e 21st Century com resultados sofríveis ou risíveis como o filme do Justiceiro (1989), com Dolph Lundgren, Capitão América (1990), com Matt Salinger, O Quarteto Fantástico (1994), produção Z de Roger Coman, Nick Fury – Agente da S.H.I.E.L.D (1998), com David Hasselhoff. O passado sombrio dos filmes da Marvel também se refletia na editora que nos anos 90 ficou a beira da falência. A solução foi vender os direitos de adaptação dos personagens para diversos estúdios com a intenção de capitalizar e buscar valorizar os personagens junto ao público.

Foi quando entraram em cena a New Line (Blade), a Fox (X-Men, Quarteto, Demolidor), a Sony (Homem Aranha), a Universal (Hulk, Namor) e a Paramount (Homem de Ferro). A New Line foi a primeira a apostar no potencial de um filme da Marvel, nessa nova fase, lançando o filme Blade (1998), com Wesley Snipes, com razoável sucesso que permitiu uma trilogia de filmes do Caçador de Vampiros. A Fox foi o segundo estúdio a apostar na Marvel com o lançamento de X-Men (2000), o primeiro de muitos, de Bryan Singer. O diretor foi escolhido, depois que o produtor Tom DeSanto, viu o suspense, Os Suspeitos (1995), e percebeu a habilidade de Singer em valorizar e equilibrar a atuação de múltiplos personagens. Portanto, a New Line e a Fox ajudaram a Marvel no momento de dificuldade da editora. Agora que o cenário mudou, a Editora tenta tomar os personagens do estúdio com práticas questionáveis. O tempo dirá quem tem mais super poderes. Se a Marvel ou a Fox. No fim das contas, quem ganha é o público, com mais e melhores filmes. Que venha X-Men e Quarteto Fantástico.

Publicado em 29 de junho de 2015, em Quadrinema e marcado como , , , , , . Adicione o link aos favoritos. 1 comentário.

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